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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quinta das Lágrimas, Igreja de Santa Cruz e Convento de Santa Clara-a-Nova


Continuando nosso passeio por Coimbra, visitamos a Quinta das Lágrimas. Para aqueles que nunca ouviram falar deste local, no terreno onde localiza-se o Palácio, encontram-se também a famosa Fonte das Lágrimas  e a Fonte dos Amores.
A Fonte das Lágrimas, teria surgido a partir das lágrimas de D. Inês de Castro no momento de sua morte. Dizem que o vermelho visto nas pedras submersas é o sangue de D. Inês. A fonte recebeu este nome de ninguém menos que Luís de Camões, que eternizou a história de Inês de Castro nos Lusíadas, mais precisamente no canto III.
A Fonte dos Amores, teria recebido este nome em homenagem ao amor de D. Pedro e D. Inês. 
Para matar a curiosidade daqueles que adoram uma boa história de amor, um breve relato:
_Dom Pedro, herdeiro do trono português casou-se com D. Constança. D. Inês de Castro era uma de suas damas de companhia e por quem Pedro viria a se apaixonar. O romance foi descoberto e para evitar conflitos, o Rei Dom Afonso IV, pai de D. Pedro, mandou exilar Inês. 
No ano seguinte, D. Constança falece após o parto do filho, o que fez com que D. Pedro pedisse o regresso de D. Inês. O Rei quis que o filho se casasse novamente,  (mas não com Inês de Castro) mas D. Pedro esquivou-se da idéia. Teve com D. Inês quatro filhos, considerados bastardos e passaram a viver com em Coimbra.
Influenciado por seus conselheiros, o Rei Afonso IV passou a temer que Dona Inês viesse a ser Rainha de Portugal, o que poderia por a independência de Portugal em risco.
Aproveitando a ida de Dom Pedro em uma excursão de caça, o Rei e três conselheiros, foram atrás de D. Inês que acabou por ser executada por Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pero Coelho.
Dom Pedro jurou vingança aos três, que se cumpriu logo que ele tornou-se Rei. Dois deles foram cruelmente executados, o terceiro, talvez prevendo o pior, fugiu de Portugal e acabou por ser perdoado por Pedro, já Rei, em seu leito de morte.
Reza a lenda que que Pedro teria feito desenterrar o corpo de Inês coroando-a como Rainha de Portugal (os dois teriam casado em segredo), e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte.
Por toda a história vivida por Inês e Pedro, vale a pena conhecer as duas fontes. Mas apenas por isso.
O Palácio hoje abriga um hotel, que  (na minha opinião e cada um tem direito a sua) tirou o encanto do lugar, com instalação de paredes de vidro e janelas que modificam a fachada. Há também na Quinta, um campo de golfe, e o jardim é usado para eventos.
Enquanto visitávamos a Quinta das Lágrimas, de um lado um grupo jogava golfe e do outro, centenas de convidados chegavam para uma recepção de casamento. O que deveria ter um significado histórico passou a ser um comércio.
Na verdade, a visita à Quinta foi muito frustrante, por toda a sua realidade. Quando visito lugares históricos, penso e desejo ver a recriação de toda a atmosfera da época, não pretendia ver uma festa de casamento, homens a jogar golfe e num cantinho isolado, o que sobrou da história de Pedro e Inês. Uma pena. Daqui uns anos muito provavelmente nada daquilo existirá.

Continuando o passeio, visitamos a Igreja de Santa Cruz. A Igreja, fundada em 1131, abriga os túmulos dos dois primeiros Reis de Portugal: Dom Afonso Henriques (1109-1185) e Dom Sancho I (1154-1211). Além dos túmulos e as paredes com painéis em azulejos, há que se destacar ainda o órgão e o altar em estilo barroco.



2ª a Sáb.: 9h-12h/14h-17h
Dom.16h-17h30
Feriados civis: aberta só no período da manhã.
Preços para visita à Sacristia, Sala do Capítulo, Claustro e Exposição:
Bilhete normal: € 2,5
> de 65 anos e estudantes: € 1,5
Escolas - gratuito (mediante marcação prévia)

Infelizmente e não sei ainda bem a razão, não visitamos o Claustro.

Da Igreja de Santa Cruz, em direção ao Convento de Santa Clara-a-nova. Outro passeio incompleto. Talvez pelas circunstâncias, no momento em que chegamos chegaram também o cortejo de um casamento. Muita, muita gente.
Falando do que interessa, o Convento, iniciado em 1649, substituindo o antigo cenóbio das monjas clarissas, arruinado pelo rio Mondego.
O edifício é em estilo barroco, sóbrio e utilitário, ponteado por torreões. Na igreja, guarda-se, no retábulo da capela-mor, a urna de prata e cristal, do séc. XVII, onde é venerado o corpo da Rainha Santa Isabel. O túmulo primitivo da padroeira da cidade, em pedra, executado por Mestre Pêro em 1330, encontra-se no coro baixo da igreja, o que também não visitamos. Dizem que a cada dois anos abrem-se as cortinas da urna que abriga os restos mortais da Rainha Santa Isabel. Segundo dizem, o corpo da Rainha foi encontrado intacto dentro de seu túmulo, quando este foi aberto em 1612 e que exalava perfume de rosas.

Horário:
Inverno: 8h30-18h
Resto do ano: 8h30-19h
Nota: Não são permitidas visitas durante as horas de culto.

Visitas guiadas:
2ª a Dom.: 8h30-11h/ 13h-18h ou 19h

Entrada gratuita

Visita ao claustro - € 1,50
Visita ao claustro e coro baixo - € 2
Até 10 anos - gratuito
Descontos para excursões em estudo

Estes foram os monumentos escolhidos para vermos em Coimbra, claro que muita coisa ficou por ver e será visto, um dia. As fotos estão em nosso álbum.

Bom fim de semana!


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conímbriga

Nossa primeira parada, foi Conímbriga. Tínhamos de aproveitar o inesperado bom tempo.  
Para quem nunca ouviu falar, Conímbriga foi uma cidade fundada por romanos e habitada entre os séculos IX a.C. e os séculos VII-VIII da nossa era. Era passagem obrigatória para aqueles que viajavam de Lisboa à cidade de Braga, que naquela época chamavam-se Olisipo e Bracara Augusta.
Seu período próspero foi durante o Impeŕio de César Augusto, período no qual a cidade sofre obras de melhorias e urbanização. Conímbriga foi a sede  episcopal até o declínio da cidade com as invasões bárbaras. A partir daí Coimbra tornou-se a sede.

Duas coisas chamaram em especial a minha atenção. A primeira, situada logo à entrada, duas grandes placas ornadas por belíssimos mosaicos chamam de forma especial nossa atenção. São troços das ruas de Conímbriga.
Continuando a caminhada, à direita temos a Casa dos Repuxos, uma residência construída no séc. I. Segundo as informações do museu, a casa era composta por dois pisos. Nos inícios do séc. II o edifício foi remodelado e o piso inferior foi em grande parte entulhado e no piso superior instalou-se a residência.
 
Claro que há muito mais por ver em Conímbriga, deixo o gostinho. 
O mapa abaixo mostra o que foi explorado e o que está por explorar ainda. 

Muito curiosa pelo Anfiteatro! Como diz o Pedro, não seria eu se eu não quisesse ver o que não pode ser visto! O que me fez pena foi saber que algumas peças que existiam expostas na área arqueológica já não existem devido à falta de conversação. Lamentável! Disseram-nos que por esta razão, agora tudo o que é encontrado é catalogado e guardado. Faz sentido? Eu não acho.

As ruínas estão sob tutela do Museu de Conímbriga e podem ser visitadas nos seguintes horários:

Inverno (Outubro a Maio)
Museu - Terça a Domingo,
das 10h00 às 18h00 *
Ruínas - Todos os dias,
das 10h00 às 18h00

Verão (Junho a Setembro)
Museu - Terça a Domingo, das 9h00 às 20h00 *
Ruínas - Todos os dias das 9h00 às 20h00
* Encerra às 2ªs feiras
O ingresso custa 4 euros e dá acesso ao Museu e às Ruinas. 

As fotos já estão disponíveis! Oba! Se não conseguir ver no álbum que está à direita, logo abaixo do link para o Facebook, pode visitá-lo aqui.

E por hoje é só!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Portugal dos Pequenitos


Continuando nosso passeio por Coimbra, o ponto de parada desta vez foi o jardim Portugal dos Pequenitos.
Idealizado pelo médico Bissaya Barreto, o jardim foi inaugurado  há 70 anos e divide-se em  cinco áreas temáticas: Portugal Monumental, Países Expressão Portuguesa, Portugal Insular, Coimbra e Casas Regionais.
O primeiro tema, Portugal Monumental, apresenta os principais monumentos do país. 
Países de Expressão Portuguesa é composto por casas representativas dos países de língua portuguesa. Nesta área temática a casa que mais se destaca é a do Brasil, em minha modesta opinião. As demais casas abrigam pequenas exposições de objetos típicos, já a casa do Brasil tem um grande telão onde mostram a chegada dos portugueses ao Brasil , claro que à moda deles, mas tudo isso visto da proa de um navio. Este filme devia ser revisto, afinal os portugueses não estavam à caminho da Índia. Nem chegaram ao Brasil porque dormiram e o navio magicamente tomou a rota do Brasil, como o filme prega. História para boi dormir.  Fora isso, o conceito é muito interessante.
Portugal Insular faz homenagem às Ilhas da Madeira e dos Açores.
O núcleo de Coimbra representa monumentos da cidade, com destaque para a Universidade de Coimbra.
O quinto tema, Casas regionais e como o próprio nome sugere, são miniaturas de casas portuguesas, com riqueza de detalhes.
A bem da verdade, o que impressiona no Portugal dos Pequenitos é a riqueza de detalhes das miniaturas.
Ainda dentro do jardim é possível visitar o Museu dos Trajes, o Museu da Marinha e o Museu dos móveis.
Para quem se interessar, o valor dos ingressos podem ser consultados aqui.
Nossa avaliação: É um local que vale a pena ser visitado apesar do valor do ingresso. E pelo valor que se paga e pelo fluxo de turistas, a conservação de alguns monumentos deixam a desejar. Todos os laguinhos estavam repletos de lodo, o que demonstra, na nossa opinião um certo descaso.
As fotos, virão mais tarde!

Abraços.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Coimbra

Depois da tempestade vem a bonança. É assim que  me sinto depois de uma semana de dores intensas. Tudo graças à um siso. Por causa disso, fiquei todos estes dias sem postar nada.
Mas nem tudo são espinhos.  No último fim de semana estivemos em Coimbra, uma viagem em família, por sinal muito agradável e de saldo, muita coisa para contar.
A cidade de Coimbra dista 206km de Lisboa, situa-se na região centro de Portugal e é a capital do distrito de mesmo nome. Quem desejar saber um pouco da história da cidade, é só visitar o site da Câmara Municipal.
Nossa viagem começou por Conímbriga, logo depois fomos visitar a Quinta das Lágrimas e Portugal dos Pequenitos. No domingo visitamos a Igreja de Santa Cruz e o Convento de Santa Clara.
Claro que todos estes lugares são merecedores de um post a parte e isto será feito.
Para a hospedagem escolhemos o Tivoli Coimbra, na verdade quem o escolheu foi o Pedro e tenho de salientar que foi uma excelente escolha e sinto-me na obrigação de comentar a respeito. O hotel é bem localizado e permite visitações a pé. Os quartos são impecáveis. São amplos,  a decoração discreta e muito limpos. O café da manhã bem servido e muito variado. Não senti falta de absolutamente nada.
Depois uma viagem, sempre fazemos comentários no booking e no TipAdvisor, acerca do hotel. Quando fui ao Trip comentar surpreendeu-me a quantidade de avaliações negativas do hotel. Vários motivos, quarto velho, janela barulhenta, barulho externo, café da manhã. Foi mesmo uma surpresa e até pensei que tivesse enganado quanto ao local do comentário.  As fotos abaixo foram retiradas do Facebook do Tivoli, coincidentemente, ficamos no quarto 511. O albúm é de 2009 e os comentários negativos são de 2010.



Será que estou muito desatualizada em termos de hotel? Não vejo nada de velho no quarto. O Nosso quarto era o primeiro após o hall dos elevadores e não ouvimos um ruído sequer a noite toda. A rua do hotel é muito movimentada mas também não ouvimos qualquer barulho, nem a chuva nós ouvimos. São gostos e isso geralmente não se discute, outras vezes sim,  por uma questão de justiça. Não vejo fundamento para as reclamações, pronto, falei. O hotel faz jus à categoria na qual se insere e nós recomendamos.

As fotos de Coimbra serão colocadas em breve. Como para variar quando não esqueço a máquina, esqueço as pilhas, estou à espera das fotos tiradas pelo meu sogro.
Dois dias são insuficientes para conhecer todas as atrações turísticas que Coimbra oferece. Muita coisa ficou por conhecer mas conseguimos ver tudo o que estava planejado. Fica para uma próxima estadia.

Até mais!


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