quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Gerês

Início de inverno.....
Não é segredo que eu detesto o frio. Deve ser porque, aqui, o frio entranha-se carne adentro e aloja-se nos ossos. Ainda não aprendi a lidar com o frio enxarcado.
Apesar disso, algumas coisas do inverno me agradam. Me agrada tomar chocolate quente, ver filme sob edredons quentinhos, montar a árvore de natal (acho que não existe data mais cara de inverno do que o Natal. O Natal está para o inverno assim como o Reveillon está para o verão) e agrada-me muitíssimo um chalézinho ou um bungalow, com vista para uma serra, no meio do nada.
E não é que a nossa última viagem, foi exatamente para um lugar assim?
Acordamos um domingo cedinho e saímos rumo ao Gerês. Não foi a nossa primeira vez, estivemos em 2008 e há muito tempo planejávamos voltar.
O Parque da Peneda Gerês siuta-se no Minho e sua área estende-se pelos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Na área abrangida existem alguns parques de campismo e uma pousada da juventude.
Como da primeira vez, escolhemos o Parque da Cerdeira para nosso alojamento. Além da área de campismo, o parque conta com bungalows recentemente reformados.
Os bungalows, pequeninos e aconchegantes contam com uma pequena cozinha integrada com a sala, subindo os três degraus de escada temos o banheiro e o quarto. Apesar de pequenina a cozinha é bem equipada: microondas, placa de vitrocerâmica, exaustor, frigobar, para além dos utensílios, taças, xícaras de chá e café, panelas, chaleira, bule, pratos rasos, fundos e de sobremesa, travessas, talheres... Como eu não me lembrava do que havia ou não havia na cozinha, levei alguns utensílios meus. Esqueci o abridor de latas e me fez falta. Curiosamente na gaveta do armário encontrei um saca-rolha, mas não havia nada para abrir lata (que para mim é mais essencial).
Levamos mantimentos, alimentos frescos, enfim, tudo o que era necessário para preparar refeições diárias durante os cinco dias de hospedagem. Quem não quiser se preocupar em preparar refeições, o parque tem um restaurante. Também conta com um mini-mercado onde é possível encontrar de tudo um bocadinho.
 Para dar um gostinho, algumas fotos do bungalow:


Gostinho dado, amanhã posto fotos das paisagens do Gerês.


sábado, 23 de outubro de 2010

Manhã de domingo em Lisboa


Vivo em Portugal há pouco mais de dois anos e conheço muito pouco de Lisboa. Aproveitamos o bom tempo do último domingo para um passeio por alguns pontos turísticos da cidade.
Nossa idéia era passar pelo Museu dos Coches e pelo Palácio da Ajuda, tínhamos muito para fazer em casa e nosso passeio duraria só a parte da manhã.
O Museu dos Coches fica localizado em Belém no antigo edifício do Picadeiro Real de Belém. O Museu ganhará em breve uma nova instalação. Este museu abriga viaturas do séc. XVII, XVIII e XIX que pertenciam à Família Real, ao Patriarcado de Lisboa e algumas famílias nobres. Também estão em exposição fardamentos, acessórios de montaria, retratos da família real etc.


A minha favorita:


Saindo do museu, nossa idéia era irmos direto ao Palácio da Ajuda. Quando íamos em direção ao carro, vimos um pequeno aglomerado de pessoas em frente ao Palácio Presidencial. Paramos para ver e fomos informados de que era dia do Render Solene da Guarda ao Palácio de Belém. Como ainda era cedo, decidimos assistir. 


A pessoa que vos fala não tirou uma fotografia sequer do momento, fiquei com medo de ficar sem bateria e não poder tirar fotos do Palácio (a foto acima é do site da GNR). Mas para quem gosta, aconselho vivamente assistir. A cerimônia acontece no terceiro domingo de cada mês, faça chuva ou faça sol (foi o que nos disseram), com duração de aproximadamente 40 minutos. 
Como estas coisas não se explicam, vale a pena ver um trecho da cerimônia. O vídeo é da Guarda Republicana.
Após o encerramento os cavalos da Charanga fazem exercícios no Jardim Vieira Portuense. Desse momento tenho foto!


Visto o Render da Guarda, era mais do que hora de irmos visitar o Palácio da Ajuda. 

Palavras para quê!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quinta das Lágrimas, Igreja de Santa Cruz e Convento de Santa Clara-a-Nova


Continuando nosso passeio por Coimbra, visitamos a Quinta das Lágrimas. Para aqueles que nunca ouviram falar deste local, no terreno onde localiza-se o Palácio, encontram-se também a famosa Fonte das Lágrimas  e a Fonte dos Amores.
A Fonte das Lágrimas, teria surgido a partir das lágrimas de D. Inês de Castro no momento de sua morte. Dizem que o vermelho visto nas pedras submersas é o sangue de D. Inês. A fonte recebeu este nome de ninguém menos que Luís de Camões, que eternizou a história de Inês de Castro nos Lusíadas, mais precisamente no canto III.
A Fonte dos Amores, teria recebido este nome em homenagem ao amor de D. Pedro e D. Inês. 
Para matar a curiosidade daqueles que adoram uma boa história de amor, um breve relato:
_Dom Pedro, herdeiro do trono português casou-se com D. Constança. D. Inês de Castro era uma de suas damas de companhia e por quem Pedro viria a se apaixonar. O romance foi descoberto e para evitar conflitos, o Rei Dom Afonso IV, pai de D. Pedro, mandou exilar Inês. 
No ano seguinte, D. Constança falece após o parto do filho, o que fez com que D. Pedro pedisse o regresso de D. Inês. O Rei quis que o filho se casasse novamente,  (mas não com Inês de Castro) mas D. Pedro esquivou-se da idéia. Teve com D. Inês quatro filhos, considerados bastardos e passaram a viver com em Coimbra.
Influenciado por seus conselheiros, o Rei Afonso IV passou a temer que Dona Inês viesse a ser Rainha de Portugal, o que poderia por a independência de Portugal em risco.
Aproveitando a ida de Dom Pedro em uma excursão de caça, o Rei e três conselheiros, foram atrás de D. Inês que acabou por ser executada por Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pero Coelho.
Dom Pedro jurou vingança aos três, que se cumpriu logo que ele tornou-se Rei. Dois deles foram cruelmente executados, o terceiro, talvez prevendo o pior, fugiu de Portugal e acabou por ser perdoado por Pedro, já Rei, em seu leito de morte.
Reza a lenda que que Pedro teria feito desenterrar o corpo de Inês coroando-a como Rainha de Portugal (os dois teriam casado em segredo), e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte.
Por toda a história vivida por Inês e Pedro, vale a pena conhecer as duas fontes. Mas apenas por isso.
O Palácio hoje abriga um hotel, que  (na minha opinião e cada um tem direito a sua) tirou o encanto do lugar, com instalação de paredes de vidro e janelas que modificam a fachada. Há também na Quinta, um campo de golfe, e o jardim é usado para eventos.
Enquanto visitávamos a Quinta das Lágrimas, de um lado um grupo jogava golfe e do outro, centenas de convidados chegavam para uma recepção de casamento. O que deveria ter um significado histórico passou a ser um comércio.
Na verdade, a visita à Quinta foi muito frustrante, por toda a sua realidade. Quando visito lugares históricos, penso e desejo ver a recriação de toda a atmosfera da época, não pretendia ver uma festa de casamento, homens a jogar golfe e num cantinho isolado, o que sobrou da história de Pedro e Inês. Uma pena. Daqui uns anos muito provavelmente nada daquilo existirá.

Continuando o passeio, visitamos a Igreja de Santa Cruz. A Igreja, fundada em 1131, abriga os túmulos dos dois primeiros Reis de Portugal: Dom Afonso Henriques (1109-1185) e Dom Sancho I (1154-1211). Além dos túmulos e as paredes com painéis em azulejos, há que se destacar ainda o órgão e o altar em estilo barroco.



2ª a Sáb.: 9h-12h/14h-17h
Dom.16h-17h30
Feriados civis: aberta só no período da manhã.
Preços para visita à Sacristia, Sala do Capítulo, Claustro e Exposição:
Bilhete normal: € 2,5
> de 65 anos e estudantes: € 1,5
Escolas - gratuito (mediante marcação prévia)

Infelizmente e não sei ainda bem a razão, não visitamos o Claustro.

Da Igreja de Santa Cruz, em direção ao Convento de Santa Clara-a-nova. Outro passeio incompleto. Talvez pelas circunstâncias, no momento em que chegamos chegaram também o cortejo de um casamento. Muita, muita gente.
Falando do que interessa, o Convento, iniciado em 1649, substituindo o antigo cenóbio das monjas clarissas, arruinado pelo rio Mondego.
O edifício é em estilo barroco, sóbrio e utilitário, ponteado por torreões. Na igreja, guarda-se, no retábulo da capela-mor, a urna de prata e cristal, do séc. XVII, onde é venerado o corpo da Rainha Santa Isabel. O túmulo primitivo da padroeira da cidade, em pedra, executado por Mestre Pêro em 1330, encontra-se no coro baixo da igreja, o que também não visitamos. Dizem que a cada dois anos abrem-se as cortinas da urna que abriga os restos mortais da Rainha Santa Isabel. Segundo dizem, o corpo da Rainha foi encontrado intacto dentro de seu túmulo, quando este foi aberto em 1612 e que exalava perfume de rosas.

Horário:
Inverno: 8h30-18h
Resto do ano: 8h30-19h
Nota: Não são permitidas visitas durante as horas de culto.

Visitas guiadas:
2ª a Dom.: 8h30-11h/ 13h-18h ou 19h

Entrada gratuita

Visita ao claustro - € 1,50
Visita ao claustro e coro baixo - € 2
Até 10 anos - gratuito
Descontos para excursões em estudo

Estes foram os monumentos escolhidos para vermos em Coimbra, claro que muita coisa ficou por ver e será visto, um dia. As fotos estão em nosso álbum.

Bom fim de semana!


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conímbriga

Nossa primeira parada, foi Conímbriga. Tínhamos de aproveitar o inesperado bom tempo.  
Para quem nunca ouviu falar, Conímbriga foi uma cidade fundada por romanos e habitada entre os séculos IX a.C. e os séculos VII-VIII da nossa era. Era passagem obrigatória para aqueles que viajavam de Lisboa à cidade de Braga, que naquela época chamavam-se Olisipo e Bracara Augusta.
Seu período próspero foi durante o Impeŕio de César Augusto, período no qual a cidade sofre obras de melhorias e urbanização. Conímbriga foi a sede  episcopal até o declínio da cidade com as invasões bárbaras. A partir daí Coimbra tornou-se a sede.

Duas coisas chamaram em especial a minha atenção. A primeira, situada logo à entrada, duas grandes placas ornadas por belíssimos mosaicos chamam de forma especial nossa atenção. São troços das ruas de Conímbriga.
Continuando a caminhada, à direita temos a Casa dos Repuxos, uma residência construída no séc. I. Segundo as informações do museu, a casa era composta por dois pisos. Nos inícios do séc. II o edifício foi remodelado e o piso inferior foi em grande parte entulhado e no piso superior instalou-se a residência.
 
Claro que há muito mais por ver em Conímbriga, deixo o gostinho. 
O mapa abaixo mostra o que foi explorado e o que está por explorar ainda. 

Muito curiosa pelo Anfiteatro! Como diz o Pedro, não seria eu se eu não quisesse ver o que não pode ser visto! O que me fez pena foi saber que algumas peças que existiam expostas na área arqueológica já não existem devido à falta de conversação. Lamentável! Disseram-nos que por esta razão, agora tudo o que é encontrado é catalogado e guardado. Faz sentido? Eu não acho.

As ruínas estão sob tutela do Museu de Conímbriga e podem ser visitadas nos seguintes horários:

Inverno (Outubro a Maio)
Museu - Terça a Domingo,
das 10h00 às 18h00 *
Ruínas - Todos os dias,
das 10h00 às 18h00

Verão (Junho a Setembro)
Museu - Terça a Domingo, das 9h00 às 20h00 *
Ruínas - Todos os dias das 9h00 às 20h00
* Encerra às 2ªs feiras
O ingresso custa 4 euros e dá acesso ao Museu e às Ruinas. 

As fotos já estão disponíveis! Oba! Se não conseguir ver no álbum que está à direita, logo abaixo do link para o Facebook, pode visitá-lo aqui.

E por hoje é só!

Sabor de Coimbra

Esta não é propriamente uma receita típica da região, é um prato que pode ser degustado em qualquer parte do país. Mas como nosso almoço no restaurante do Museu de Conímbriga foi tão agradável, este foi eleito o gostinho da nossa viagem: o gosto suave de um prato leve que deixa-nos a chorar por mais, especialmente por tudo o que não vimos mas que ainda veremos, numa próxima.


Lombos de Pescada com Migas e Espinafres

Ingredientes (para 4 pessoas e um almoço):

- 8 lombinhos de pescada; 2 ou 3 dentes de alho em lâminas e alho em pó; sumo de 1 limão; azeite, sal e pimenta q.b.;
- Cerca de 500g de espinafres congelados, em pedaços ou folhas; 2 colheres de sopa de farinha; 2dl de leite;
- Cerca de 1/4 de Broa de Milho;
- 6 a 8 batatas;

Preparação:

Ligar o forno a cerca de 180º, num pirex colocar os lombinhos de pescada e temperá-los com alho em pó e em lascas, sumo de limão e um bocadinho de sal e pimenta. Deixar dourar cerca de 10 a 15 minutos de cada lado. Como os meus estavam congelados, a meio do tempo eu escorri a água que se tinha formado no tabuleiro.
À parte num tacho colocar um fio de azeite e os espinafres congelados, deixar cozinhar lentamente até descongelar, depois juntar um bocadinho de sal, cerca de 2 colheres de sopa de farinha e uns 2 dl de leite, mexer de modo a formar uma espécie de molho béchamel.
Picar a broa no 1-2-3, eu juntei mais 2 dentes de alho, e regar com um fio de azeite só para humedecer um pouco.
Assim que o peixe estiver cozinhado, coloca-se o molho de espinafres e a broa por cima e vai ao forno só a gratinar.

Observações:
A receita foi copiada do site  Ptit Chef
A broa a que se refere a receita é semelhante à do link
1-2-3 é o de multiprocessador.

Bom apetite!
Abraços,
Rapha

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Restaurant Week



Pausa na viagem de Coimbra para uma dica.
Recebi um email a dizer que começa amanhã na cidade do Porto a 3ª edição do Porto Restaurant Week.
Para quem não conheçe, o Restaurant Week surgiu em 1992, na cidade de Nova Iorque, em parceria com o Fashion Week, com o objetivo de aumentar o fluxo de clientes nos restaurantes da cidade. O evento começou com 90 restaurantes e atualmente conta com mais de 10.000!
Em Portugal, o evento ocorre em Lisboa e na cidade do Porto. Os menus do Restaurant Week custam 20 euros dos quais 1 euro é revertido para uma causa social.
Mas não é só aqui que o Restaurant Week acontece, no Brasil também, mas só em algumas cidades: A edição 2010 passou por Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e São Bernardo do Campo. O calendário pode ser visto aqui.
É aconselhável fazer reserva com alguma antecedência e referir o restaurant week.
Vale a pena experimentar alta gastronomia e ainda ajudar quem precisa!

Beijo, beijo.

Portugal dos Pequenitos


Continuando nosso passeio por Coimbra, o ponto de parada desta vez foi o jardim Portugal dos Pequenitos.
Idealizado pelo médico Bissaya Barreto, o jardim foi inaugurado  há 70 anos e divide-se em  cinco áreas temáticas: Portugal Monumental, Países Expressão Portuguesa, Portugal Insular, Coimbra e Casas Regionais.
O primeiro tema, Portugal Monumental, apresenta os principais monumentos do país. 
Países de Expressão Portuguesa é composto por casas representativas dos países de língua portuguesa. Nesta área temática a casa que mais se destaca é a do Brasil, em minha modesta opinião. As demais casas abrigam pequenas exposições de objetos típicos, já a casa do Brasil tem um grande telão onde mostram a chegada dos portugueses ao Brasil , claro que à moda deles, mas tudo isso visto da proa de um navio. Este filme devia ser revisto, afinal os portugueses não estavam à caminho da Índia. Nem chegaram ao Brasil porque dormiram e o navio magicamente tomou a rota do Brasil, como o filme prega. História para boi dormir.  Fora isso, o conceito é muito interessante.
Portugal Insular faz homenagem às Ilhas da Madeira e dos Açores.
O núcleo de Coimbra representa monumentos da cidade, com destaque para a Universidade de Coimbra.
O quinto tema, Casas regionais e como o próprio nome sugere, são miniaturas de casas portuguesas, com riqueza de detalhes.
A bem da verdade, o que impressiona no Portugal dos Pequenitos é a riqueza de detalhes das miniaturas.
Ainda dentro do jardim é possível visitar o Museu dos Trajes, o Museu da Marinha e o Museu dos móveis.
Para quem se interessar, o valor dos ingressos podem ser consultados aqui.
Nossa avaliação: É um local que vale a pena ser visitado apesar do valor do ingresso. E pelo valor que se paga e pelo fluxo de turistas, a conservação de alguns monumentos deixam a desejar. Todos os laguinhos estavam repletos de lodo, o que demonstra, na nossa opinião um certo descaso.
As fotos, virão mais tarde!

Abraços.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Coimbra

Depois da tempestade vem a bonança. É assim que  me sinto depois de uma semana de dores intensas. Tudo graças à um siso. Por causa disso, fiquei todos estes dias sem postar nada.
Mas nem tudo são espinhos.  No último fim de semana estivemos em Coimbra, uma viagem em família, por sinal muito agradável e de saldo, muita coisa para contar.
A cidade de Coimbra dista 206km de Lisboa, situa-se na região centro de Portugal e é a capital do distrito de mesmo nome. Quem desejar saber um pouco da história da cidade, é só visitar o site da Câmara Municipal.
Nossa viagem começou por Conímbriga, logo depois fomos visitar a Quinta das Lágrimas e Portugal dos Pequenitos. No domingo visitamos a Igreja de Santa Cruz e o Convento de Santa Clara.
Claro que todos estes lugares são merecedores de um post a parte e isto será feito.
Para a hospedagem escolhemos o Tivoli Coimbra, na verdade quem o escolheu foi o Pedro e tenho de salientar que foi uma excelente escolha e sinto-me na obrigação de comentar a respeito. O hotel é bem localizado e permite visitações a pé. Os quartos são impecáveis. São amplos,  a decoração discreta e muito limpos. O café da manhã bem servido e muito variado. Não senti falta de absolutamente nada.
Depois uma viagem, sempre fazemos comentários no booking e no TipAdvisor, acerca do hotel. Quando fui ao Trip comentar surpreendeu-me a quantidade de avaliações negativas do hotel. Vários motivos, quarto velho, janela barulhenta, barulho externo, café da manhã. Foi mesmo uma surpresa e até pensei que tivesse enganado quanto ao local do comentário.  As fotos abaixo foram retiradas do Facebook do Tivoli, coincidentemente, ficamos no quarto 511. O albúm é de 2009 e os comentários negativos são de 2010.



Será que estou muito desatualizada em termos de hotel? Não vejo nada de velho no quarto. O Nosso quarto era o primeiro após o hall dos elevadores e não ouvimos um ruído sequer a noite toda. A rua do hotel é muito movimentada mas também não ouvimos qualquer barulho, nem a chuva nós ouvimos. São gostos e isso geralmente não se discute, outras vezes sim,  por uma questão de justiça. Não vejo fundamento para as reclamações, pronto, falei. O hotel faz jus à categoria na qual se insere e nós recomendamos.

As fotos de Coimbra serão colocadas em breve. Como para variar quando não esqueço a máquina, esqueço as pilhas, estou à espera das fotos tiradas pelo meu sogro.
Dois dias são insuficientes para conhecer todas as atrações turísticas que Coimbra oferece. Muita coisa ficou por conhecer mas conseguimos ver tudo o que estava planejado. Fica para uma próxima estadia.

Até mais!


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pastel de Bacalhau

Quando decidi fazer este blog quis que ele fosse mais do que um relato dos lugares por onde passamos. Queria que sentissem todas as sensações experimentadas e o gostinho de cada um dos lugares. Pensando disso, opto por ofecer-vos uma receita típica de cada destino.
E como estou na terrinha, começamos a viagem gastronômica com uma receita que eu adoro e que é muito portuguesa: o pastel de bacalhau.
A receita foi retirada do site sabor intenso

Ingredientes para 32 pasteis:
* 600g de bacalhau demolhado
    * 800g de batata
    * Entre 3 a 4 ovos
    * 1 cebola bem picada
    * 2 dentes de alho picados
    * 1 dl de azeite
    * Salsa picada q.b.
    * Pimenta q.b.
    * Noz-moscada q.b.
    * Sal grosso q.b.
    * Azeite q.b.
    * Óleo para fritar

Preparação:

Coza as batatas em água temperada com sal durante 30 minutos.
Em outra panela com água, coloque o bacalhau a cozer durante 10 minutos.
Depois do bacalhau cozido, retire-o para um prato e deixe arrefecer.
Depois de frio, limpe o bacalhau de espinhas e peles e desfie-o.
Numa frigideira, leve ao lume o azeite a cebola e os alhos, deixe refogar ligeiramente, apenas para alourar sem queimar.
Passado 10 minutos, já com a cebola refogada, junte o bacalhau e deixe refogar lentamente, até o bacalhau ficar totalmente desfiado.
Mexa de vez em quando, para ajudar o bacalhau a desfiar.
Passado 5 minutos, com o bacalhau refogado e desfeito, apague o lume.
Depois de cozidas, retire as batatas e faça puré das batatas.
Junte o bacalhau e a salsa ao puré, tempere com pimenta e com noz-moscada e misture tudo muito bem.
Junte um ovo de cada vez ao bacalhau e mexa tudo muito bem.
Esta massa deve ficar bem ligada e consistente para que os pastéis não fiquem moles
Passe 2 colheres por azeite e retire uma colher de massa, passe a massa de colher em colher até ficar no formato do pastel de bacalhau.
Frite em óleo bem quente.
Vire os pastéis para fritar de ambos os lados.
Depois de fritos, coloque num prato com papel absorvente e estão prontos a servir. E o resultado: 

Bom apetite!

Visite um museu

O fim de semana está chegando e  como em Portugal a próxima terça-feira é feriado, muitas pessoas aproveitarão para um fim de semana prolongado. 
Se estiver por terras lusas, aproveite para visitar museus. Em todos os museus geridos pelo Instituto dos Museus e da Conservação, aos domingos e feriados a  entrada é gratuita entre 10h às 14h.

Nos demais dias da semana, os preços variam entre 1.50 euro e os 7.00 euros, de acordo com os 7 escalões definidos pelo o IMC. 

1º-  ESCALÃO – 7 EUROS
PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA e JARDINS
PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ e JARDINS

2º-  ESCALÃO – 6 EUROS
PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA

3º-  ESCALÃO – 5 EUROS
MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA
MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
MUSEU NACIONAL DO AZULEJO
MUSEU NACIONAL DOS COCHES
MUSEU NACIONAL DE MACHADO DE CASTRO*
MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS
PAÇO DOS DUQUES
PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA

*Após finalização das obras de requalificação

4º-  ESCALÃO – 4 EUROS
MUSEU DE AVEIRO
MUSEU DO CHIADO
MUSEU DE ÉVORA
MUSEU GRÃO VASCO
MUSEU MONOGRÁFICO DE CONIMBRIGA

5º-  ESCALÃO – 3 EUROS
CASA‐MUSEU DR. ANASTÁCIO GONÇALVES
MUSEU DE ALBERTO SAMPAIO
MUSEU DE JOSÉ MALHOA
MUSEU D. DIOGO DE SOUSA
MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA
MUSEU NACIONAL DO TEATRO
MUSEU NACIONAL DO TRAJE
JARDINS DO PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ

6º-  ESCALÃO – 2 EUROS
MUSEU DO ABADE DE BAÇAL
MUSEU DOS BISCAINHOS
MUSEU DA CERÂMICA
MUSEU DR. JOAQUIM MANSO
MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
MUSEU DA GUARDA
MUSEU DE LAMEGO
MUSEU DA MÚSICA
MUSEU DA TERRA DE MIRANDA
NÚCLEO DE VILA VIÇOSA DO MUSEU NACIONAL DOS COCHES
PARQUE DO MONTEIRO‐MOR
RUÍNAS ROMANAS DE CONIMBRIGA (2a FEIRA)

7º-  ESCALÃO – 1,5 EUROS
 TORRE DE MENAGEM do CASTELO – PAÇO DOS DUQUES

Os portadores de deficiência assim como os maiores de 65 anos têm direito ao desconto de 50% nos bilhetes.
Para familia, o ideal é adquirir o bilhete família que concede 50% de desconto no valor do bilhete de cada filho com idade compreendida entre os 15 e 18 anos, desde que acompanhados pelos pais.
Os menores até 14 anos não pagam entrada.

É ou não é um bom programa para o fim de semana?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ryanair em Lisboa


Foto:Aviação Portugal

Segundo a edição de ontem do jornal "Público", a Ryanair pretende instalar uma nova base em Portugal, mas especificamente em Lisboa, já no próximo verão. É uma ótima notícia se a operação se concretizar. 
A companhia Irlandesa está em negociação com a ANA Aeroportos de Portugal (entidade administradora).
Duas questões de cunho operacionais podem dificultar os planos da companhia. Primeiro, as altas taxas aeroportuárias cobradas no aeroporto da Portela. A segunda questão, o tempo de permanência em solo entre vôos.
A Ryanair, com operações nos aeroportos de Faro e Porto, transportam anualmente 3,3 milhões de passageiros em Portugal.
É esperar para ver.

As companhias Low Cost

Foto: Viagem Low Cost

As companhias low cost ou de baixo custo, são companhias aéras que oferecem passagens à custo reduzido em comparação com as companhias tradicionais. 
Para conseguirem praticar preços baixos, estas companhias optam por cortar em serviços tradicionalmente oferecidos aos passageiros, como as refeições, que são cobradas à parte. 
Além das refeições, também cobram pela bagagem de porão e, se você quiser embarcar primeiro (já que não existe a possibilidade de reservar lugares) também terá de pagar pelo privilégio.
Nós fomos para Munique por uma companhia low cost, foi a minha primeira experiência neste tipo de companhia e não foi nada má. Claro que o fato de não ter lugar marcado me estressou no início e eu quis madrugar no aeroporto.
O que me chamou atenção foi que durante todo o vôo os comissários de bordo estavam a oferecer produtos, refeições, bedidas, perfumes ou souvenirs. 
Se fosse enumerar contras de se voar em companhias de baixo custo diria o pagamento pela bagagem de porão (sou mulher uma mala de mão nunca chega, por mais curta a viagem) e não poder reservar lugares. 
O grande pró é o preço. Enquanto que se optássemos por ir pela TAP pagariamos pela ida e volta, 290 euros por pessoa, o que em reais hoje equivale a 672.50 reais (caro, muito caro!) pela Ryanair pagamos com taxas, 26 euros o que dá 60.30 reais aproximadamente. E tenho que salientar que o preço da TAP não era dos mais caros, a Lufthansa era mais que o dobro!
Há ainda muito preconceito em relação a low cost e não entendo a razão. Quem é que prefere, nos dias atuais, pagar 290 euros quando se pode pagar 26?  No  fim o objetivo foi alcançado, chegar ao teu destino, que é o que importa. 
Certa vez num almoço com amigos, me disseram que eu era a única pessoa que tinha coragem de voar em low cost e teceram mil críticas. Como é possível se nunca voaram? As pessoas colocam muitos defeitos sem conhecer.
Vale sim, viajar por low cost.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O início

Já me perguntaram a razão de criar o blog...
Nunca fui apreciadora de viagem, na verdade sempre gostei de estar em casa, em minha cidade, no meu mundinho. Sempre me estressou o ter de fazer malas, a passagem, a espera, o check-in, a fila de embarque, o embarque, check in em hotel (em Brasília esperamos duas horas para fazer o check-in, porque tivemos a sorte de chegar logo após um grupo de 50 pessoas).
Depois de minha mudança, graças ao Pedro (marido) aprendi a gostar de viajar.
Depois de ir um fim de semana à Sintra, senti-me na obrigação de compartilhar com outras pessoas as minhas impressões e experiências, a maneira mais fácil de partilhar tudo isso é através de um blog, acho eu.
Assim como conhecemos muito pouco do nosso Brasil, conhecemos muito pouco ou quase nada do resto do mundo.
Como agora vivo em Portugal, é a minha oportunidade de mostrar que a minha nova terra é muito mais do que a Grande Lisboa e o Grande Porto.

Espero que apreciem o blog tanto quanto eu aprecio este país.

Um abraço.
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